Introdução

A crônica é um capítulo à parte na carreira de Moacyr Scliar. A partir dos anos 70, dedicou-se com afinco a esse gênero, com presença constante em jornais de grande circulação.  De 1973 até 2011, escreveu semanalmente para o jornal Zero Hora sobre temas cotidianos, saúde, bem-estar e atualidades. Em 1993, passou a assinar uma coluna na Folha de S. Paulo, criando histórias de ficção sobre fatos reais.

Este espaço é dedicado às crônicas de Scliar. Com seu olhar aguçado, o autor usa como matéria-prima detalhes do cotidiano, sempre permeado pelo humor.

Nas palavras do próprio Scliar, a crônica é um respiradouro, uma brecha na massa não raro sufocante de notícias. E é um gênero literário eminentemente brasileiro, que nas mãos de grandes cronistas, deu verdadeiras obras-primas. Com seu característico de mensagem pessoal, a crônica humaniza o veículo, alegra e comove o leitor.

Boa leitura!

FOLHA DE S. PAULO - 7 DE JUNHO DE 2010

“O que o bisavô queria dizer com isso? O velho tenta explicar: a gente via coisas, pessoas que não existiam.”

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FOLHA DE S. PAULO - 17 DE AGOSTO DE 2009

“História é vida: revisar a nossa própria trajetória, pensar nos erros. Esse é o objetivo da história, universal ou pessoal.”

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FOLHA DE S. PAULO - 8 DE JUNHO DE 2009

“Todas as garotas que conhecia demonstravam seu amor tatuando no braço o nome do amado. Ela não seria diferente.”

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FOLHA DE S. PAULO - 24 DE MAIO DE 2010

“Achou esquisito cuidar de uma geladeira de pele, mas quando experimentou um dos casacos, sua vida mudou”.

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FOLHA DE S. PAULO - 16 DE NOVEMBRO DE 2009

“Estão namorando (e beijando muito). Descobriu o que é bom para a tosse, ao menos para a que nasce da neurose.”

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ZERO HORA - 10 de FEVEREIRO DE 1990

Há alguns anos, na época dos punks e dos darks, o Time publicou uma matéria a respeito dessas criaturas, chamadas As tribos de Londres. O título surpreende, porque estamos acostumados a associar tribos com indígenas, mas a verdade é que tais agrupamentos também existem na selva das cidades, esperando pelo antropólogo que queira estudá-los (sem o inconveniente dos mosquitos e com fácil acesso aos bares da moda).

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ZERO HORA - LEITURA - 25 DE FEVEREIRO DE 1989

Claro, dava-me pena o fato de as férias terem terminado – mas era bom voltar às aulas. O primeiro dia no colégio tinha ar de festa: o encontro com os amigos, as muitas histórias que tínhamos a nos contar; a curiosidade em relação às professoras (todas lindas; professora para mim era, por definição, a imagem da beleza.

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ZERO HORA - OPINIÃO - 20 DE MARÇO DE 1992

Não se pode, mesmo mobilizando todo o bairrismo disponível em nossos corações porto-alegrenses, dizer que esta seja uma cidade marcante. Não temos nada que nos coloque no mapa do mundo. Nosso símbolo, o Laçador, não tem a imponência (e nem a altura) da Estátua da Liberdade, do Cristo do Corcovado ou do obelisco de Buenos Aires; e é antes uma evidência de nostalgia rural do que uma homenagem à cidade.

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