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17 de setembro de 2014
Mostra sobre Moacyr Scliar reúne cerca de 2 mil pessoas na abertura no Santander Cultural

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Faltando cinco minutos para o Santander Cultural abrir as portas para receber a exposiçãoMoacyr Scliar – O Centauro do Bom Fim, uma fila imensa já se formava na Praça da Alfândega, em Porto Alegre. E a expectativa de que cerca de 2 mil pessoas passassem pela inauguração da mostra parece ter sido cumprida na noite desta terça-feira (16/9).

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Com curadoria do cineasta  Carlos Gerbase e consultoria de Regina Zilberman, a exposição conta a história do escritor, médico e jornalista por instalações, representações audiovisuais e um acervo enorme de livros, objetos pessoais, manuscritos e objetos do gaúcho, que morreu em 2011. Para Gerbase, tamanho sucesso só se explica por conta da influência do próprio Scliar:

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– Aqui, a gente tenta mostrar os dois lados do Scliar: o do escritor conhecido mundialmente, e o da pessoa simples que ele era. Como ele mesmo dizia: “nunca deixei de ser o escritorzinho do Bom Fim“.

À frente da recepção dos convidados estava Judith Scliar. A viúva do autor estava emocionadíssima e foi incansável ao falar em seu nome e receber os cumprimentos. À coluna, falou sobre o marido:

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– Ele era maravilhoso, dadivoso e companheiro. As pessoas conhecem muito da literatura doMoacyr, mas pouco dele como pessoa. Por isso, estamos organizando atividades ao longo da exposição para que ele seja conhecido em todas as áreas em que atuava.

Mas, de longe, quem parecia mais emocionado com a exposição era o filho do homenageado: Roberto Scliar. O fotógrafo contou que acompanhou parte do processo da montagem da mostra para não ser tão impactado ao chegar no espaço. E, assim como todos os entrevistados da noite, ressaltou a humildade e simplicidade do escritor:

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– Se o meu pai entrasse aqui, ele diria: “tudo isso é pra mim?”. Ele era um cara muito simples, que comia arroz e feijão todos os dias e evitava restaurantes requintados. Ele era uma pessoa que trabalhava exclusivamente por amor: só por amor. Todas as noites eu vou dormir sorrindo porque sei que aprendi com ele os melhores valores da vida. Diziam que com o tempo a falta amenizaria, no meu caso, acho que nunca vai passar.

Depois de ouvir tantos depoimentos emocionados a respeito do caráter de Scliar, a colunista só lamenta não ter convivido  com o escritor.

Visite a mostra:

MOACYR SCLIAR: O CENTAURO DO BOM FIM
A exposição tem entrada franca e estará aberta à visitação de 17 de setembro a 16 de novembro, no Santander Cultural (Rua Sete de Setembro, 1028), de terça a sábado, das 10h às 19h, e domingos e feriados, das 13h às 19h. 

Fonte: Rede Social da ZH, por Fernanda Pandolfi