Lançado o Prêmio Literário Moacyr Scliar

O Governo do Estado lançou nesta terça-feira (16), no Palácio Piratini, o Prêmio Moacyr Scliar de Literatura. O objetivo é indicar os melhores livros das categorias poesia e conto, publicados no Brasil, em língua portuguesa, nos dois anos anteriores à edição de cada premiação. Com promoção da Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Instituto Estadual do Livro, o prêmio tem o patrocínio da Petrobrás e do Banrisul, o prêmio conta com o apoio da Associação Lígia Averbuck, Corag e agência Matriz. Em seu pronunciamento o governador Tarso Genro se emocionou ao lembrar de Moacyr Scliar. “Moacyr Scliar foi profundamente universal, nas suas construções e em toda construção natural do povo gaúcho É um enorme orgulho para o nosso governo o lançamento desse prêmio”, finalizou o governador. O secretário de Estado da Cultura destacou o significado cultural diferenciado de qualquer outro prêmio do país, uma vez que incentiva a diversificação das edições e aproxima os leitores com a aquisição das obras premiadas para as bibliotecas públicas da rede estadual e para os Pontos de Cultura. “Sairemos daqui, hoje, afortunados: estaremos honrando o nome de do grande escritor e estaremos fazendo o que ele mais amava: aplaudindo quem escreve e apoiando a literatura, que foi seu modo privilegiado de estar no mundo”, disse Assis Brasil. Judith Scliar disse que o prêmio homenageia aos novos escritores. “Moacyr incentivou muitos novos escritores. E tenho certeza que estaria muito feliz em saber que seu nome foi dado a um prêmio literário”, afirmou a esposa do escritor. O prêmio O Prêmio Moacyr Scliar de literatura privilegia a poesia e conto. Em 2011 serão premiadas as obras de poesia por ser o gênero mais praticado e o menos reconhecido. A cada edição, uma categoria será privilegiada: em 2011, Prêmio Moacyr Scliar de Literatura – Categoria Poesia; em 2012, Prêmio Moacyr Scliar de Literatura – Categoria Contos. Nos anos seguintes, sempre será alternado: em um ano, poesia; no outro, conto. O prêmio tem o patrocínio da Petrobrás e do Banrisul e será impresso pela CORAG. O autor vencedor receberá R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), e a editora R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para uma nova edição da obra premiada. O Prêmio Moacyr Scliar de Literatura é o único que premia o autor e a editora , e leva o livro vencedor até os leitores, com a distribuição de uma edição dos livros na rede de 520 bibliotecas públicas dos Rio Grande do Sul ou seja, premia também os leitores. Texto: Asscom Sedac Fonte: Cultura RS – Secretaria do Estado

Colégio Dante Alighieri homenageia Moacyr Scliar

Missa da Primeira Eucaristia, prêmio do governo italiano, peças de teatro e eventos literários, com direito a uma homenagem a Moacyr Scliar, foram alguns dos destaques do segundo semestre do Ensino Fundamental II do Colégio Dante Alighieri O Ensino Fundamental II deu início ao segundo semestre de 2011 com uma grande festa da literatura. Em 12 de agosto, o Colégio Dante realizou a cerimônia de premiação do concurso de contos “Contando”, que destacou os trabalhos elaborados por alunos dos 9os anos do Ensino Fundamental e ainda prestou uma homenagem ao escritor gaúcho Moacyr Scliar, que seria o convidado de honra do “Contando 2011” caso não nos tivesse deixado em fevereiro, devido a complicações relacionadas a um acidente vascular cerebral. Moacyr Scliar – autor de mais de setenta livros (entre contos, crônicas, ensaios, romances e tantos outros gêneros), detentor de diversos prêmios literários, como o Jabuti (por três vezes) e o da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), e membro da Academia Brasileira de Letras desde 22 de outubro de 2003 – era um velho conhecido do Colégio, visto que, por inúmeras vezes, se dispôs a comparecer ao Dante para falar sobre suas obras com os alunos. “De todas as homenagens até agora ao Moacyr, esta, sem dúvida, foi a mais bonita e a mais emotiva. Além do capricho e da dedicação no preparo da homenagem, o carinho dos alunos e dos professores fez com que ela se tornasse muito especial”, comentou Judith Scliar, viúva do autor. “É muito gratificante comparecer e poder ver uma grande escola investindo na formação de leitores e fincando bases de cidadania”, complementou o jornalista Gabriel Olivén, irmão de Judith, que, em discurso, relembrou a imensa capacidade produtiva de Scliar, capaz de elaborar artigos jornalísticos ou médicos e obras literárias com singular facilidade. Em 2011, em virtude da comemoração do centenário do Colégio Dante Alighieri, o “Contando” fez uma retrospectiva das edições anteriores, homenageando também os dantianos premiados desde o surgimento do concurso, em 2007. Após a cerimônia, houve um coquetel no pátio do edifício Michelangelo, incluindo uma sessão de autógrafos com todos os vencedores. A professora Maria Cleire Cordeiro, coordenadora do Departamento de Língua Portuguesa, mostrouse satisfeita com o resultado dos trabalhos do “Contando 2011”. “Achei que o nível dos contos dos alunos beirou a excelência. Eles gostaram muito de conhecer melhor o autor e fazer uma leitura mais aprofundada do Moacyr Scliar, captando, dessa forma, as técnicas do conto”, declarou Maria Cleire Cordeiro, que ainda sublinhou sua imensa consideração por Moacyr Sclyar. “E, mesmo não estando aqui,  Moacyr Scliar está cada vez mais presente, com sua obra e com o seu jeito – é muito difícil encontrar alguém tão humilde e generoso quanto ele”, disse. O colégio também criou um site especial onde é possível fazer a leitura dos textos escritos pelos alunos.   Confira algumas fotos do evento:

Midrash presta homenagem ao escritor Moacyr Scliar

Evento que começou domingo e vai até esta quarta-feira exibe filme e promove debate e leitura de contos e trechos da obra do autor Falecido em fevereiro deste ano, o escritor Moacyr Scliar foi homenageado no Midrash Centro Cultural (Rua General Venâncio Flores, 184 – Leblon – Rio de Janeiro/RJ) em evento que começou no domingo e terminou quarta-feira. Até a segunda-feira, foram realizadas sessões de leitura de contos do autor que contaram com a presença de Renata Sorrah, Carolina Dieckmann, Antonio Calloni, Stela Freitas e Tonico Pereira, tudo sob a direção de Amir Haddad. Na terça-feira, dia 14 de junho, às 19h, foi exibido o filme baseado na obra de Scliar, Sonhos Tropicais, de André Sturm, em sessão seguida de debate que teve a participação de Carlos Nejar, Segio Mota e Daniel Becker. No último dia, 15 de junho, Soraya Ravenle fez a leitura trechos do romance Manual da paixão solitária. O ingresso foi uma lata de leite em pó. Fonte: Publishnews

Hospital Israelita Albert Einstein

Com a participação de Judith Scliar, viúva do escritor Moacyr Scliar, foi realizada no Hospital Israelita Albert Einstein, no dia 29 de abril em São Paulo, uma homenagem ao médico e escritor recentemente falecido. Uma placa com seu  nome será fixada em uma sala do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do HIAE. Participaram da solenidade representantes da Academia Brasileira de Letras, da Conib, da Firs, do Capítulo Brasileiro da Associação Médica de Israel, além de familiares do homenageado. Claudio Luiz Lottenberg, presidente da Conib e da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, afirmou que scliar foi o grande embaixador do conhecimento da comunidade judaica, “pregando um judaísmo missionário por meio de cada uma de suas obras. Se por um lado, suas mensagens orgulhavam os judeus, motivando-os a nos conhecer dentro de uma imagem positiva, folclórica, porém não menos verdadeira e real que os nossos princípios”.

Na’amat Pioneiras relembra Moacyr Scliar

A vida e a obra do autor foi o tema do painel organizado por Naamat Pioneiras. Wremir Scliar, irmão do autor, foi um dos painelistas Revestiu-se do maior brilho o Painel que,em homenagem a Moacyr Scliar,a Na’amat Porto Alegre realizou na noite do dia 4 de maio, na FIRS. Foram convidados como palestrantes o Dr. Wremyr Scliar, irmão do homenageado, que,representando a família,falou sobre diversas passagens interessantes da infância e o convívio com os familiares; a Profa. Dra. Maria da Glória Bordini, especialista em literatura, que traçou um panorama muito completo sobre a obra de ficção adulta do escritor; e o Dr. Abrahão Finkelstein, que, em nome dos amigos, discorreu sobre o contato que teve com Moacyr, principalmente, na época dos movimentos juvenis em que eles, adolescentes que eram, sonhavam com um mundo melhor. Compareceram a viúva de Moacyr, Judith Scliar, e o filho, Roberto, parentes e amigos, além de um número significativo de pessoas que admiravam o inesquecível autor de O Centauro no Jardim. Fonte: FIRS

ARL faz homenagem in memoriam a Scliar

As histórias que compuseram a gênese do escritor Moacyr Scliar foram a tônica da homenagem que a Academia Rio-Grandense de Letras (ARL) prestou in memoriam ao autor gaúcho, na sessão da ARL, ontem à tarde, no Auditório do Memorial RS. A sessão conduzida pelo vice-presidente da entidade, Sérgio Borja, teve a presença do irmão do escritor, Wremir Scliar. Houve ainda apresentação do músico Nico Nicolaiewsky, que executou duas canções, uma das quais “Zog es Mir”, em iídiche. Wremir contou histórias do irmão, como quando a mãe Sara levou Moacyr, aos 11 anos, até a casa de Erico Verissimo, no Alto Petrópolis, para mostrar texto do filho e Erico disse: “Maravilhoso, continue assim”. “Ele era um ser humano generoso, incentivador de jovens escritores, que valorizava a liberdade acima de tudo”, afirmou Wremir. Fonte: Correio do Povo

Moacyr Scliar, um exército de adoradores e de gratidão em Teutônia

Médico e escritor marcou a história da Fundação Agrícola Teutônia e do Colégio Teutônia Leitores, de todas as idades, estão órfãos do magnífico escritor. Amigos de longa data, que lembram com gratidão da dedicação e atenção, estão órfãos de um médico verdadeiramente humanitário. A sociedade gaúcha está órfã de um grande cidadão. No dia 27 de fevereiro nos deixou o escritor e médico Moacyr Scliar, um ícone da literatura gaúcha, brasileira e sul-americana, membro da Academia Brasileira de Letras, título de Imortal que lhe foi concedido em 2003. Aos 73 anos, Scliar deixa uma legião de admiradores, fãs de suas sábias e singelas palavras publicadas nos periódicos do estado ou em uma de suas mais de 70 obras. Vítima de um AVC (acidente vascular cerebral) e posterior falência múltipla dos órgãos, o imortal gaúcho fez renascer um dos momentos mais marcantes da história da Fundação Agrícola Teutônia (FAT) e do Colégio Teutônia. Mais do que fonte de estudo em sala de aula, Scliar teve relação direta com a comunidade teutoniense, em especial na década de 60. Muitos atribuem a ele, como médico, a graça divina da vida. Parafraseando um de seus memoráveis textos, este produzido especialmente para a comunidade escolar do Colégio Teutônia, o ano era 1965. Scliar era médico recém-formado e, em março daquele ano, recebeu um grupo de pessoas vindas de Teutônia. “Pessoas cultas, amáveis, muito diferentes dos outros pacientes. Mas essas pessoas estavam doentes, algumas delas bem doentes, e óbitos já se tinham verificado. O grande problema era: de que doença se tratava? O diagnóstico parecia obscuro, mas, dadas as características de surto epidêmico, o HI (Hospital de Isolamento) parecera às autoridades de saúde o local mais adequado para os pacientes”, escreveu Scliar. O diagnóstico foi a doença de Chagas, enfermidade causada por parasita que pode comprometer o coração e outros órgãos, transmitida na maioria das vezes pela picada do inseto barbeiro.  “Não havia então tratamento específico e assim o que ajudou mesmo foi a passagem do tempo. Tempo durante o qual convivi com aquelas pessoas, tornando-me amigo de várias delas. Nasceu em mim uma enorme admiração pelo grupo. Que gente brava, que gente estóica, que gente admirável! Mostravam, naquele drama, uma coisa que o Rio Grande do Sul e o Brasil conhecem: a coragem do imigrante. Como jovem médico aprendi muito, então. Mas aprendi, sobretudo a reconhecer o valor de seres humanos. Sobretudo os seres humanos vindos de uma pequena e gloriosa cidade chamada Teutônia”, consta em um de seus textos produzidos especialmente para recordar aquele período, que o Colégio Teutônia teve especial cuidado em preservar com a confecção de um grande banner, exposto no hall de recepção do educandário. No ano de 2007, Moacyr Scliar foi um dos ilustres convidados da Feira do Livro e Escola Aberta do Colégio Teutônia, evento que teve como tema central “CT 55 anos – nossa história, outras histórias…”. Depois de terem trabalhado mais de dez obras do escritor ao longo daquele ano, os estudantes e comunidade foram presenteados com a participação de Scliar no evento, isso no dia 9 de novembro de 2007. Antes disso, no ano de 2000, ele também já havia participado da Feira do Livro e do Conhecimento promovida pelo Colégio Teutônia. “A vinda do Scliar nos deixou muito orgulhosos. Foi um momento mágico, muito significativo”, comentaram os professores envolvidos no projeto na época. “Tivemos a oportunidade de ler ótimos livros e conhecer um famoso escritor, que destacou a importância dos livros na vida das pessoas”, avaliou a então aluna da 3ª série do Ensino Médio Ana Martha Czajkowski. “A vinda do Moacyr Scliar à escola foi muito importante, afinal, não é qualquer escritor, mas um Imortal e, talvez, o mais importante da Literatura gaúcha”, acrescentou Samuel Osterkamp, também ex-aluno da 3ª série do Ensino Médio. A gratidão que guarda no coração transbordou em lágrimas no rosto do ex-professor de música do Colégio Teutônia e um dos sobreviventes daquele mês de março de 1965, Hélio Altmann, hoje com 67 anos. “Todos começaram a sentir os primeiros sintomas no mesmo dia, 15 de março de 1965: mal estar, falta de ar e muita dor abdominal e pelo corpo. Levado a Porto Alegre, fiquei dois meses internado no hospital sendo tratado pelo então Dr. Moacyr Scliar, um jovem muito simpático, bondoso, um excelente profissional e uma pessoa fora de série”, recorda seu Hélio, bastante emocionado com a perda de um amigo, como ele classifica. “No período em que estive internado, não podia manter contato com visitas, e as conversas com o médico faziam superar os problemas impostos pela doença e pelo isolamento que o tratamento obrigava”, acrescenta. O teutoniense se revela um leitor assíduo das colunas escritas por Scliar no jornal Zero Hora e acompanhou pela imprensa seu sofrimento e sua luta pela vida. “No domingo (27), com o minuto de silêncio antes do jogo entre Grêmio e Cruzeiro, já imaginei que o pior poderia ter acontecido. Fiquei muito sentido e vou sentir sua falta”, conclui seu Hélio. O Colégio Teutônia presta sua homenagem ao médico e escritor, mestre das palavras Moacyr Scliar. Mais que um Imortal da Academia Brasileira de Letras, Scliar será eternamente aquele ser humano extremamente simples e gentil, que um dia deu a sua grande contribuição pela comunidade de Teutônia. O seu “Exército de um Homem Só”, uma de suas obras mais importantes, seguirá com um exército de leitores e adoradores. Obrigado Scliar. Colégio Teutônia O ano era 1965. Médico recém-formado, fui trabalhar no Sanatório Partenon, antigo hospital da Secretaria Estadual da Saúde, localizado no bairro do mesmo nome, em Porto Alegre. O Partenon havia sido construído pelo Ministério da Saúde para atender pacientes com tuberculose; naquela época, esses pacientes deveriam ser obrigatoriamente internados na primeira fase do tratamento. A maior parte dos leitos estavam, portanto, ocupados por tuberculosos, mas atrás dos pavilhões do hospital propriamente dito, havia uma pequena e precaríssima construção, que era o Hospital de Isolamento (HI), destinado a outras doenças contagiosas, como a varíola, então ainda freqüente. Como se

Programa Autor por Autor, da TV Cultura

No domingo, a TV Cultura exibiu o Programa Autor por Autor dedicado a Moacyr Scliar, retratando a vida e a obra do imortal escritor gaúcho. Gravada no final de 2010, a atração levou ao ar uma das últimas entrevistas concedidas pelo autor. Durante o bate-papo com Manuel da Costa Pinto, ocorrido em seu apartamento em Porto Alegre (RS), em outubro, o escritor falou, entre outros assuntos, sobre seus pais imigrantes, o interesse pela Medicina, o surgimento da literatura em sua vida, os prêmios que recebeu ao longo da carreira e a presença da temática judaica em seus livros. Entremeado pela entrevista, Autor por Autor Moacyr Scliar, uma coprodução da TV Cultura com o SescTV, dirigida por Ricardo Elias, traça um perfil da vida e obra do escritor, interpretado pelos atores André Frateschi, que vive Moacyr, e Zé Carlos Machado, como “o inconsciente”. O programa ainda contou com a animação de um trefcho do livro Max e os Felinos.