Uma noite com Moacyr Scliar, no Santander Cultural

Convidamos a todos para uma atividade paralela da exposição “Moacyr Scliar – O Centauro do Bom Fim”, no dia 1º de outubro, às 20h, no átrio do Santander Cultural. Leitura de contos, crônicas e excertos de obras de Moacyr Scliar, com Mirna Spritzer, Sérgio Lulkin e Zé Victor Castiel, e a participação especial do músico Cláudio Levitan. Serviço: Uma Noite com Moacyr Scliar Data: 1º de outubro de 2014 Horário: às 20 horas Acesso por ordem de chegada. Sujeito à lotação do espaço. Local: Átrio do Santander Cultural Rua Sete de Setembro, 1028 | Centro Histórico – Porto Alegre/RS
Scliar inédito na Revista IstoÉ

ISTOÉ publica com exclusividade trecho de conto inédito do escritor gaúcho, que tem sua vida e obra homenageadas em exposição em Porto Alegre Daniel Solyszko (daniel@istoe.com.br) Criado numa tradicional família judaica no bairro do Bom Fim, em Porto Alegre, Moacyr Scliar parecia destinado ao ofício de escrever, consequência direta de ter sido educado em um ambiente povoado por histórias na infância. Influenciado pela mãe, Sara, que lhe trazia livros de bibliotecas públicas, “mico”, como era chamado por amigos e familiares, cresceu cercado de narrativas orais e escritas. Essa habilidade de criar histórias a partir do que ouvia começou a se aprimorar a partir de 1968, quando começou sua fase mais prolífica. Um dos primeiros contos que escreveu foi “Joel Ia Voando”, texto inédito do escritor, morto em 2011, publicado agora com exclusividade por ISTOÉ. Ele teria sido escrito por volta de 1970, segundo Marie-Hélène Paret Passos, responsável pelo acervo de Scliar, e foi encontrado dentro de uma pasta com a referência “Contos-Joel”, que continha 22 histórias com o personagem. “Scliar provavelmente planejava reunir esse material em um único livro, mas acabou abandonando a ideia”, explica a pesquisadora. Quatro desses contos foram publicados na primeira edição de “O Carnaval dos Animais”, de 1968, que pode ser considerada a primeira obra de destaque na carreira de Scliar. Quando começou a escrever seu primeiro romance, “A Guerra no Bom Fim”, em 1970, ele recuperou alguns desses contos, reescrevendo-os de forma que se encaixassem em uma longa narrativa. O restante do material permanece inédito até hoje. NOVIDADE Trecho do conto inédito de Scliar (acima), homenageado em mostra que conta com vídeos de atores lendo suas obras (abaixo) Muito da farta produção de Scliar poderá ser novamente apreciado pelo público. Original de 1972, “A Guerra no Bom Fim” está sendo relançado pela editora L&PM juntamente com “O Exército de um Homem Só”, de 1973, e “Max e os Felinos”, de 1981. A Edelbra, por sua vez, traz uma coletânea de crônicas que saíram na imprensa entre 2008 e 2010, intitulada “A Banda na Garagem”. Além dos livros, o documentário “Caminhos de Scliar”, dirigido por Cláudia Dreyer, pode ser visto juntamente com a exposição “Moacyr Scliar, o Centauro do Bom Fim”, em cartaz até 16 de novembro no Santander Cultural, em Porto Alegre. Com curadoria do cineasta Carlos Gerbase, a mostra revela um pouco da vida pessoal do autor, e é dividida em ambientes fundamentais para entender sua formação cultural, como uma recriação da casa onde morava no bairro do Bom Fim, em Porto Alegre. Gerbase, que também foi baterista da banda punk Replicantes, conta que conheceu Scliar no set de filmagens do curta-metragem “No Amor”, inspirado em conto do escritor, do qual foi produtor. Ele diz que a primeira coisa que chamou sua atenção na obra do escritor gaúcho foi a proximidade geográfica. “Você sente que é uma literatura ao mesmo tempo regional e universal. Ele é como Anton Tchekhov, que fala da sua aldeia, mas também do mundo. Ele tinha uma ampla capacidade de dialogar”, diz. Para o curador, os dois aspectos mais importantes da obra do “mico do Bom Fim” são a questão da tradição judaica, que atravessa a maior parte dos seus quase 80 livros, e a influência do realismo mágico. “Ele dizia que entre os escritores que considerava mais importantes estavam Gabriel García Márquez, Julio Cortázar e Mario Vargas Llosa. Lendo você percebe todas essas influências”, explica. No aspecto ideológico, a vida de Scliar foi muito marcada pela influência política do socialismo. Em uma das salas da exposição é possível ouvir seu discurso de formatura na Faculdade de Medicina, no qual ressalta a necessidade de oferecer um serviço de saúde universal. “Sua fala começava com versos de Ferreira Gullar, foi muito contundente”, diz Judith Scliar, viúva do autor. “Ele decidiu entrar na área de saúde pública justamente por convicção política.” Scliar era médico, ofício que nunca abandonou definitivamente. Essa preocupação política, aliada a uma intensa pesquisa, sempre permeou sua obra. “As histórias dele sempre tinham alguma crítica social. Ele apresentava uma visão humanista de determinado fato histórico que te dava uma perspectiva completa de algo que você nunca tinha aprendido”, diz o jornalista e ex-cunhado Gabriel Oliven, outro organizador da exposição. Agora, está em negociação levar a mostra para outras cidades brasileiras, o que possibilitaria que um maior número de pessoas possa mergulhar na vida e obra de um dos grandes escritores brasileiros do final do século XX. Fotos: Lisette Guerra; Marian Starosta; Carlos Gerbase; Divulgação Fonte: IstoÉ
Santander Cultural promove Concurso Cultural Moacyr Scliar

Parceria entre as Secretarias Estaduais da Cultura e Educação premiará alunos da rede pública estadual de Porto Alegre, São Leopoldo, Canoas e Gravataí O Santander Cultural, em parceria com as Secretarias Estaduais da Cultura e Educação lança nesta quinta-feira, dia 25 de setembro, o Concurso Cultural Moacyr Scliar – Contos Revisitados para alunos do ensino médio da rede pública estadual vinculados a 1ª (Porto Alegre), 2ª (São Leopoldo), 27ª (Canoas) e 28ª (Gravataí) Coordenadorias Regionais de Ensino (CRE). O projeto integra as atividades relacionadas à mostraMoacy Scliar – o Centauro do Bom Fim, em cartaz no Santander Cultural até 16 de novembro, com entrada franca. O concurso propõe que os alunos desenvolvam redações que tenham como tema norteador do texto o primeiro parágrafo de um dos contos publicados por Moacyr Scliar. O tema deve estar articulado com as atividades desenvolvidas em sala de aula, conforme o nível de ensino de cada participante. Cada texto inscrito deve ser impresso em folha tamanho A4 e conter até quatro laudas, em fonte Arial tamanho 11 e espaçamento 1,5 linhas. Com apoio da Câmara Brasileira do Livro, as inscrições são gratuitas e ocorrem de 26 de setembro a 31 de outubro. Consultas ao regulamento, acessível nos sites www.iel.rs.gov.br; www.cultura.rs.gov.br ewww.educacao.rs.gov.br A premiação será no dia 04 de dezembro. O concurso premiará o melhor texto com notebooks para a escola e o professor e tablet para o aluno. Os segundo e terceiro lugares também ganharão tablets. Informações: e-mail: scultura@santander.com.br e fones: (51)3288-4785 e/ou (51)3288-4793 Fonte: Câmara Brasileira do Livro
Palestra sobre a obra de Scliar no Santander Cultural

A professora Marie-Hélène Passos é a primeira convidada de um ciclo de palestras e seminários ligados à exposição Moacyr Scliar, o Centauro do Bom Fim (foto). Marie-Hélène é a responsável pelo acervo de Scliar na PUCRS, que guarda mais de 8 mil páginas de originais de livros, anotações e outros documentos do escritor. Especialista em crítica genética, campo de pesquisa que trata das marcas deixadas por autores no processo criativo, a pesquisadora falará sobre o ofício dos escritores a partir desses registros. A palestra No Laboratório do Escritor Moacyr Scliar tem entrada franca, por ordem de chegada, e ocorre hoje, às 20h, na Sala Multiuso do Santander Cultural (Sete de Setembro, 1.028). Confira horários de visitação da mostra no roteiro à esquerda. Fonte: Segundo Caderno – Zero Hora
Exposição conta história de Moacyr Scliar

Assista à reportagem do Jornal do Almoço, clicando sobre a imagem abaixo: Fonte: G1
Mostra sobre Moacyr Scliar reúne cerca de 2 mil pessoas na abertura no Santander Cultural

Faltando cinco minutos para o Santander Cultural abrir as portas para receber a exposiçãoMoacyr Scliar – O Centauro do Bom Fim, uma fila imensa já se formava na Praça da Alfândega, em Porto Alegre. E a expectativa de que cerca de 2 mil pessoas passassem pela inauguração da mostra parece ter sido cumprida na noite desta terça-feira (16/9). Com curadoria do cineasta Carlos Gerbase e consultoria de Regina Zilberman, a exposição conta a história do escritor, médico e jornalista por instalações, representações audiovisuais e um acervo enorme de livros, objetos pessoais, manuscritos e objetos do gaúcho, que morreu em 2011. Para Gerbase, tamanho sucesso só se explica por conta da influência do próprio Scliar: – Aqui, a gente tenta mostrar os dois lados do Scliar: o do escritor conhecido mundialmente, e o da pessoa simples que ele era. Como ele mesmo dizia: “nunca deixei de ser o escritorzinho do Bom Fim“. À frente da recepção dos convidados estava Judith Scliar. A viúva do autor estava emocionadíssima e foi incansável ao falar em seu nome e receber os cumprimentos. À coluna, falou sobre o marido: – Ele era maravilhoso, dadivoso e companheiro. As pessoas conhecem muito da literatura doMoacyr, mas pouco dele como pessoa. Por isso, estamos organizando atividades ao longo da exposição para que ele seja conhecido em todas as áreas em que atuava. Mas, de longe, quem parecia mais emocionado com a exposição era o filho do homenageado: Roberto Scliar. O fotógrafo contou que acompanhou parte do processo da montagem da mostra para não ser tão impactado ao chegar no espaço. E, assim como todos os entrevistados da noite, ressaltou a humildade e simplicidade do escritor: – Se o meu pai entrasse aqui, ele diria: “tudo isso é pra mim?”. Ele era um cara muito simples, que comia arroz e feijão todos os dias e evitava restaurantes requintados. Ele era uma pessoa que trabalhava exclusivamente por amor: só por amor. Todas as noites eu vou dormir sorrindo porque sei que aprendi com ele os melhores valores da vida. Diziam que com o tempo a falta amenizaria, no meu caso, acho que nunca vai passar. Depois de ouvir tantos depoimentos emocionados a respeito do caráter de Scliar, a colunista só lamenta não ter convivido com o escritor. Visite a mostra: MOACYR SCLIAR: O CENTAURO DO BOM FIM A exposição tem entrada franca e estará aberta à visitação de 17 de setembro a 16 de novembro, no Santander Cultural (Rua Sete de Setembro, 1028), de terça a sábado, das 10h às 19h, e domingos e feriados, das 13h às 19h. Fonte: Rede Social da ZH, por Fernanda Pandolfi
Homenagem a Moacyr Scliar

Grande exposição em Porto Alegre relembra a vida e a obra do escritor gaúcho, morto em 2011, vítima de um AVC Porto Alegre. Moacyr Scliar (1937-2011) foi um dos mais prolíficos escritores brasileiros e, ao longo de quase meio século, publicou, aqui e em outros 14 países, mais de 130 livros. É dele, aliás, a ideia original de “A Vida de Pi”, plagiada e ampliada por Yann Martel e adaptada para o cinema por Ang Lee – que virou best-seller e blockbuster. Uma das figuras mais queridas do meio literário, ele foi, antes e durante sua carreira de escritor, médico sanitarista. Seu vasto e rico universo está sendo contado na exposição “Moacyr Scliar – O Centauro do Bom Fim”, em cartaz até 16 de novembro no Santander Cultural, em Porto Alegre. E para compreender esse universo é preciso, antes, refazer os passos de seus pais, judeus russos que chegaram ao Brasil em 1904. Um longo túnel de 20 metros imitando a rampa de acesso de um navio leva o visitante, ao som do mar e da madeira estalando sob os pés, ao Bom Fim, bairro judeu de Porto Alegre, onde Scliar nasceu e cresceu. Pelo caminho, fotos de outros tantos imigrantes que deixaram a Bessarábia e outros países em busca de melhores condições. Chegando à instalação do Bom Fim, conhecemos, por fotos reproduzidas em totens e mapas cobrindo o chão e a parede, lugares como o Cine Baltimore, a Escola Iídiche, o Bar do Serafim, a Associação Israelita Hebraica e, claro, a rua Fernandes Vieira, onde ficava a casa dos Scliar, representada na instalação seguinte. Uma casa modesta, na qual a água do banho era aquecida em lata de óleo no fogão, mas onde, dizia o escritor, não faltavam livros. Sua extinta biblioteca infantil, formada por obras como “Tarzan”, “As Aventuras de Pinóquio” e “Os 12 Trabalhos de Hércules”, foi reconstruída pelo cineasta Carlos Gerbase, o curador. Entre um livro e outro, estão fotos do menino Scliar: a formatura no Colégio Rosário – onde ganhou seu primeiro prêmio como escritor – e um banho de mar. Nas paredes, móveis cenográficos para dar uma ideia de como era a casa da infância do autor. Há, ainda, documentos, manuscritos, datiloscritos e fotos originais, a máquina de escrever, o discurso de formatura da faculdade de Medicina, o fardão da Academia Brasileira de Letras, as estatuetas do Jabuti, uma estátua dele como jogador de basquete. Quem quiser ler os livros, basta pegar um dos tablets e sentar numa das poltronas espalhadas pela exposição. Os infantojuvenis estão ali, em papel, para serem manuseados pela criançada. Pelas paredes, reproduções de capas e de textos do autor. O documentário “Caminhos de Scliar”, de Claudia Dreyer, o curta “No Amor”, de 1982, e uma instalação com atores lendo diálogos dos livros completam a mostra, que não tem previsão de ser montada em outros lugares. Moacyr Scliar morreu em decorrência de um AVC, e a ideia da exposição surgiu logo em seguida – uma tentativa de elaborar o luto. “Fomos todos privados de sua companhia e histórias muito subitamente”, comenta a viúva Judith Scliar, idealizadora da exposição, ao lado de Gabriel Oliven. Ela diz que o processo de pesquisa foi doloroso: “Busquei fotos de toda uma vida e isso mexe, faz reviver uma série de coisas. Mas vale a pena porque é importante compartilhar isso com o público e os amigos”, afirma. Fonte: O Tempo
Diretor do MUHM participa de exposição sobre Moacyr Scliar

O Diretor do MUHM, Germano Bonow, prestigiou a inauguração da Exposição Moacyr Scliar: o Centauro do Bom Fim, aberta nesta terça (16) à noite no Santander Cultural. O diretor do SIMERS e do Museu de História da Medicina, Germano Bonow, foi um dos entrevistados para a exposição. O médico sanitarista não apenas conheceu como conviveu com o homenageado. A exposição conta a trajetória de Moacyr Scliar desde a chegada de sua família ao Brasil, representada por um túnel, passando pelos livros que o influenciaram a ser tanto o escritor membro da Academia Brasileira de Letras como o médico reconhecido na área de saúde pública. O visitante poderá conhecer as obras de Moacyr Scliar por áudio, vídeo ou texto. Tablets espalhados pela exposição permitem ler os livros, e fones de ouvido possibilitam ouvir as histórias. Também compõem a mostra displays em vídeo com trechos de suas obras. Alguns deles parecem conversar. Outro módulo permite que o visitante mostre o quanto conhece da vida do escritor e médico, e em um dos ambientes é possível sentir-se no bairro Bom Fim, onde Scliar viveu e ambientou muitos de seus livros. Clique para ver mais fotos no álbum. Fonte: Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul