Ouça o samba enredo da Bambas da Orgia para o Carnaval 2014

O Bambas da Orgia leva à avenida em 2014 uma homenagem ao escritor Moacyr Scliar. A obra campeã é da parceria de Jailson Barbosa, Fabão, Leozinho Nunes, Vinicius Souza e Zezinho Professor. Confira o áudio e a letra do samba-enredo: Enredo: Bambas Apresenta: Moacyr Scliar, O Menino do Bom Fim Compositores: Jailson Barbosa, Fabão, Leozinho Nunes, Vinicius Souza e Zezinho Professor Voa minha águia guerreira É mais que bandeira…é religião! São 20 estrelas, carrego no peito Sou Bambas da Orgia, exijo respeito! Reluz a poesia, nas página da vida Do menino do Bom Fim Sonhos, história, magia Tudo pode ser verdade assim Lembranças do seu povo que ouvia dos seus pais Contos de criança não morrem jamais Ilusão no jardim semeava De onde o escritor colheu palavras Tratando as mazelas, seu dom medicinal Descrevendo a dura ficção real À primeira vista, amor tão bonito Laço de afeto de pai e filho e no basquete, lazer e paixão Cruzeiro, clube do seu coração Criou lindas obras geniais Liberdade de expressão de um ideal Faz de conta ganhou o azul do infinito Quantas línguas falaram teus livros Brilharam nos palcos e belas novelas Seria “Max” na grande tela Vem ser de luz, Moacyr “Conta tua história só pra mim” Serás mais uma estrela no meu pavilhão Orgulho da minha nação, o personagem principal Fecha-se o Livro da Vida e te faz imortal. Fonte: SambaSul
‘Grata surpresa’, diz carnavalesco de escola que homenageia Scliar no RS

Bambas da Orgia vão contar a história do escritor no Bairro Bom Fim. Desfiles do Grupo Especial têm transmissão do G1 e da RBS TV. Do G1 RS A atual campeã do carnaval de Porto Alegre presta neste ano uma homenagem ao escritor gaúcho Moacyr Scliar, que morreu em 2011. Membro da Academia Brasileira de Letras, Scliar levou suas histórias para o mundo inteiro, tendo obras traduzidas em diversos idiomas. E foi através dos personagens criados por ele que os Bambas da Orgia criou seu samba-enredo ao menino do Bairro Bom Fim, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço da RBS TV (veja o vídeo abaixo). Os desfiles serão realizados nos dias 28 de fevereiro e 1º de março, no Porto Seco, com transmissão exclusiva da RBS TV e do G1. O bairro que recebeu os primeiros imigrantes judeus na década de 1920 também inspirou Moacyr Scliar. A região cresceu, se desenvolveu, mas até hoje, quem passa percebe um pouco do que se lê nos livros dele. “O Bom Fim na minha infância não era apenas um bairro onde viviam os imigrantes, filhos e netos, mas uma verdadeira aldeia transplantada da Europa Oriental para Porto Alegre”, dizia o escritor em 1991. “E lá eu pude não apenas desenvolver a minha fantasia como também aprender alguma coisa da arte de contar histórias para os meus pais, meus tios, nossos amigos”. Com o tema “Moacyr Scliar, o menino do Bom Fim” a escola levará para a avenida as histórias e os contos do autor. A ideia, segundo o presidente da escola, Cleomar Rosa, surgiu como uma forma de reconhecer e valorizar o trabalho do escritor gaúcho. “Existe um certo espírito do Bom Fim, que era esse dos primeiros habitantes do bairro, dos imigrantes, que mal falavam português. E o Scliar é fruto típico dessa coisa provinciana, no bom sentido. Desse afeto entre as pessoas”, lembra a amiga e escritora Cíntia Moscovich. “O Scliar era um cara muito tímido e ele não tinha absolutamente o samba no pé, mas acho que ele ficaria encantado com esta iniciativa. Tenho quase certeza que ficaria acordado para assistir ao desfile”, diz. “Quem não conhece o Bom Fim? Um bairro tão tradicional, tão importante na história de Porto Alegre. Com o enredo, com a sinopse a gente conheceu mais da história, os gostos dele. A questão de ele ser torcedor do Cruzeiro-RS, por exemplo. Isso foi uma surpresa”, relata Shaienne Sehnem, porta-estandarte dos Bambas. “A gente o conhecia, mas não tão afundo como viemos a conhecer. E foi uma grata surpresa. Poder descobrir o grande universo que existe por trás de um trabalho do Moacyr”, diz o carnavalesco da escola Marco Armha. Os Bambas da Orgia são a escola mais antiga de Porto Alegre, com fundação no dia 6 de maio de 1940. As cores são o azul e o branco. Os Bambas vão encerrar a primeira noite de desfiles do Grupo Especial no Porto Seco, no dia 28 de fevereiro. Fonte: G1 RS
Escritor Moacyr Scliar vira tema de samba-enredo dos Bambas da Orgia

Tema fará um resgate da vida e obra do escritor gaúcho, morto em 2011. Atual campeã, escola da capital trabalha para manter o título no carnaval 2014. Daniel Bittencourt Do G1 RS Na luta para manter o título do carnaval de Porto Alegre, a atual campeã Bambas da Orgia homenageará em seu samba-enredo o escritor gaúcho Moacyr Scliar. Com o tema “Moacyr Scliar, o menino do Bom Fim”, em referência ao bairro da capital gaúcha, a escola levará para a avenida as histórias e os contos do autor, morto em 2011. Os desfiles serão realizados nos dias 28 de fevereiro e 1º de março, no Porto Seco, com transmissão exclusiva da RBS TV e do G1. A ideia, segundo o presidente da escola, Cleomar Rosa, surgiu como uma forma de reconhecer e valorizar o trabalho do escritor gaúcho, que foi membro da Academia Brasileira de Letras. Ele morreu em fevereiro de 2011, aos 73 anos, “Falamos da infância dele até o falecimento. Contamos a história de vida deste grande escritor gaúcho, que também foi médico sanitarista e um grandce amante do Esporte Clube Cruzeiro, além de colunista da Zero Hora e uma ótima pessoa”, conta ao G1 Rosa. Para brigar pelo bicampeonato em 2014, a escola contará com cinco carros alegóricos, 20 alas e mais 1.700 integrantes. “Estamos fazendo um trabalho com responsabilidade. Como somos campeões, temos de nos superar. O barracão já está pronto. Não podemos dizer que seremos vencedores, mas o trabalho que está sendo feito é para isso”, diz o presidente da escola de samba. Os Bambas da Orgia são a escola mais antiga de Porto Alegre, com fundação no dia 6 de maio de 1940. As cores são o azul e o branco. Confira o samba-enredo da escola Voa minha águia guerreira É mais que bandeira….é religião! São 20 estrelas, carrego no peito Sou Bambas da Orgia, exijo respeito! Reluz a poesia, nas páginas da vida Do menino do Bom Fim Sonhos, histórias, magia Tudo pode ser verdade assim Lembranças do seu povo que ouvia dos seus pais Contos de criança, não morrem jamais Ilusão no jardim semeava De onde o escritor colheu palavras Tratando as mazelas, seu dom medicinal Descrevendo a dura ficção real À primeira vista, amor tão bonito Laço de afeto de pai e filho E no basquete lazer e paixão Cruzeiro, clube do seu coração Criou lindas obras geniais Liberdade de expressão um ideal Faz de conta ganhou o azul infinito Quantas línguas falaram teus livros Brilharam nos palcos e belas novelas Seria “Max” na grande tela? Vem ser de luz, Moacyr “Conta tua história só para mim” Serás mais uma estrela no meu pavilhão Orgulho de minha nação, o personagem principal Fecha-se o livro da vida que o fez imortal Fonte: G1
Universo literário de Scliar

Carlos Herculano Lopes Um dos mais celebrados escritores brasileiros do século 20, autor de extensa obra com mais de 80 títulos de gêneros variados – romances, contos, crônicas, literatura infantojuvenil, ensaios, teatro –, o gaúcho Moacyr Scliar morreu em 2011, em Porto Alegre, cidade onde nasceu em 1937. Estava com 73 anos. De origem judaica, médico por formação, escritor por vocação e gosto, seu último livro, publicado pela Companhia das Letras, que está relançando parte da sua obra, foi o volume de crônicas médicas Território da ilusão. Durante anos, em Porto Alegre, onde sempre viveu, Scliar trabalhou como médico sanitarista, profissão que, sem problemas, dividiu com a literatura. Recentemente, sua família, no intuito de preservar sua obra – traduzida para diversas línguas e levada para o cinema, o teatro, além de ter sido motivo de teses e dissertações país afora –, lançou um website: www.moacyrscliar.com. O vasto conteúdo, que engloba os 50 anos de carreira literária, iniciada em 1968, quando ele lançou, em Porto Alegre, o volume de contos O carnaval dos animais, é composto por biografia completa, informações sobre sua produção literária e carreira médica. Traz ainda galeria de fotos, vídeos, capas antigas dos livros, entrevistas concedidas ao longo dos anos, fortuna crítica, booktrailers e outras informações sobre Scliar, que está entre os escritores brasileiros mais lidos no exterior. Bem-humorado, sempre com uma história para contar, ele era um dos autores que mais viajavam pelo Brasil, dando palestras, participando de bienais de livros, conversando sobre literatura. De acordo com seu cunhado, o jornalista Gabriel Oliven, editor do site com Judith Scliar, viúva do escritor, o objetivo do site, além de manter viva a obra de Scliar, foi legá-la às novas gerações. “Por meio da rede, muitos jovens que o conhecem apenas pelos livros poderão saber mais a seu respeito. Além do mais, em um país de memória curta como o Brasil, ajudar a preservar nossa cultura, e no caso obra tão significativo como a de Scliar, a meu ver é muito importante”, diz Oliven. Scliar era escritor compulsivo, que produzia com rapidez extraordinária, mesmo quando estava viajando. Aproveitava a solidão dos aeroportos e quartos de hotel para adiantar a redação de histórias e cumprir no prazo as muitas encomendas editoriais. Por isso, o escritor não deixou muita coisa inédita, apenas textos inacabados e ideias não concretizadas para romances. “Nada pronto para publicação ou que ele gostaria que fosse lançado”, garante. Gabriel Oliven, que vive em Porto Alegre, informa ainda que uma das preocupações da família, no momento, é também reunir em no máximo quatro editoras toda a obra de Scliar. “Ele tem trabalhos lançados por mais de 20 editoras, de algumas nem sabíamos, e isso torna o controle mais difícil”, diz. Entre os livros mais conhecidos do escritor gaúcho estão os romances O exército de um homem só, O centauro no jardim, A majestade do Xingu e A mulher que escreveu a Bíblia. Fonte: Estado de Minas
Vida de Moacyr Scliar será retratada em exposição no Santander Cultural de Porto Alegre

Por Fernanda Pandolfi Publicado em 19/12/13 no blog Rede Social da ZH Moacyr Scliar será tema de uma exposição no Santander Cultural, com inauguração prevista para o dia 2 de setembro. Batizada de Moacyr Scliar — O Centauro do Bom Fim, a mostra contará a história do escritor por meio de objetos pessoais, como manuscritos e obras originais. Carlos Gerbase é o curador da exposição, que terá uma sala de projeções para apresentar os personagens criados por Scliar em uma linguagem cinematográfica. Mais: um espaço será reservado para os equipamentos médicos do gaúcho, e uma sala de leitura receberá quem quiser apreciar a obra do autor com calma. Falando nisso, já viu que foi lançado um site do escritor?
Acervo digital da obra de Moacyr Scliar será disponibilizado ao público

Entre as mais de 8,6 mil páginas de manuscritos e anotações do escritor que estão sob os cuidados da PUCRS, estão os originais de “A Guerra do Bom Fim”, de 1972 Por Alexandre Lucchese Publicado em 01/12/2013 no Segundo Caderno da ZH — Moacyr escrevia muito, e escrevia rápido — conta Judith Scliar, viúva de um dos escritores mais prolíficos do Rio Grande do Sul. Originais e recordações que remontam aos escritos de Moacyr Scliar (1937 — 2011) ao longo da vida estarão em breve acessíveis a todos pela internet. Mais de 8,6 mil páginas de manuscritos e datiloscritos do escritor que estão sob os cuidados da PUCRS, boa parte deles doados por Judith, estão em processo de digitalização pelo Espaço de Documentação e Memória Cultural (Delfos), pertencente à instituição. Entre manuscritos e textos enviados para editoras, o acervo congrega originais do primeiro ao último romance de Scliar. — Temos aqui a primeira composição de A Guerra do Bom Fim, de 1972, e anotações difíceis de estimar com precisão, mas que provavelmente são de um período entre 1962 a 1968 — explica a professora Marie-Hélène Passos, responsável pela organização do acervo. A maior parte desse material digitalizado estará disponível para livre acesso a partir do início de 2014. A única restrição feita por parte da família são os textos inéditos que aparecem na coleção. — Acredito que, se o Moacyr não quis publicar este material, foi por algum bom motivo. Não pretendemos deixá-lo público no acervo nem editá-lo em livros — diz Judith. Além disso, enfatiza, os volumes não publicados têm ideias e trechos melhor trabalhados em outros romances e contos lançados no mercado editorial. Especialista em crítica genética, campo de pesquisa que trata das marcas deixadas por autores em processo criativo, Marie-Hélène esclarece que a disponibilidade do acervo possibilita maior compreensão de como Scliar praticava a escrita: — Quando você vê esse material, se dá conta de que ele passava o tempo todo escrevendo, era tão natural como respirar. Bilhetes de aeroporto, recibos de postos de gasolina, folhas pautadas, blocos de nota: qualquer papel servia como suporte para grafar o que vinha da imaginação do autor. A variedade de materiais do acervo impressiona quem o manuseia, demonstrando que escrever era mesmo uma constante. O processo de arquivamento virtual e publicação iniciado com os textos de Scliar vai ser também aplicado a outros acervos do Delfos. Regina Kohlrausch, diretora da Letras da PUCRS, esclarece que o autor foi escolhido por conta de sua importância e pela boa relação da instituição com a família: — Uma parte deste material já tinha sido doado pelo próprio Scliar em 2005, depois Judith complementou o acervo. Os herdeiros são muitos acessíveis e colaborativos com o que estamos fazendo Judith conta que ainda pretende lançar um site com booktrailers do autor e textos analíticos de sua obra. A busca é pela preservação da memória do escritor: — Estamos preparando este espaço, que irá centralizar conteúdos e terá link para os trabalhos acessíveis pelo Delfos. Destaques do acervo Produção em larga escala A organização estima em torno de 8,6 mil páginas de acervo. Copiar e colar Páginas datilografadas são povoadas de secções e emendas com trechos, revelando método de trabalho do autor. Anotações constantes Bilhetes de viagem e recibos de posto de gasolina fazem parte das colagens que compõem os originais. Perfeccionismo Cada romance tem cerca de quatro ou cinco versões. Raridade O manuscrito mais antigo do acervo é A Guerra do Bom Fim, de 1972, mas estima-se que há papéis anteriores a 1968. Era digital Eu vos Abraço, Milhões, escrito no computador e lançado em 2010, tem a prova de editora conservada no acervo.
Lançamento de “Território da Emoção” no Midrash

Judith Scliar, Arnaldo Niskier e Germano Bonow participaram do lançamento de “Território da Emoção”, no Midrash Centro Cultural. Noite de humor, diversão, cultura e casa cheia. De quebra, uma leitura dramatizada das crônicas médicas de Moacyr Scliar, pelo ator José Mauro Brant. Confira abaixo algumas fotos do evento:
No consultório do Dr. Scliar

Coletânea de crônicas sobre medicina do escritor gaúcho foi lançada com debate, no Auditório da Amrigs.