Diretor do MUHM participa de exposição sobre Moacyr Scliar

O Diretor do MUHM, Germano Bonow, prestigiou a inauguração da Exposição Moacyr Scliar: o Centauro do Bom Fim, aberta nesta terça (16) à noite no Santander Cultural. O diretor do SIMERS e do Museu de História da Medicina, Germano Bonow, foi um dos entrevistados para a exposição. O médico sanitarista não apenas conheceu como conviveu com o homenageado. A exposição conta a trajetória de Moacyr Scliar desde a chegada de sua família ao Brasil, representada por um túnel, passando pelos livros que o influenciaram a ser tanto o escritor membro da Academia Brasileira de Letras como o médico reconhecido na área de saúde pública. O visitante poderá conhecer as obras de Moacyr Scliar por áudio, vídeo ou texto. Tablets espalhados pela exposição permitem ler os livros, e fones de ouvido possibilitam ouvir as histórias. Também compõem a mostra displays em vídeo com trechos de suas obras. Alguns deles parecem conversar. Outro módulo permite que o visitante mostre o quanto conhece da vida do escritor e médico, e em um dos ambientes é possível sentir-se no bairro Bom Fim, onde Scliar viveu e ambientou muitos de seus livros. Clique para ver mais fotos no álbum. Fonte: Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul
Vida e obra de Moacyr Scliar ganham mostra em Porto Alegre

Exposição “O Centauro do Bom Fim” estará no Santander Cultural a partir desta quarta-feira A vida e obra do escritor Moacyr Scliar (1937 – 2011) é tema de “O Centauro do Bom Fim”, com abertura nesta terça-feira, às 19h, para convidados, no Santander Cultural (Sete de Setembro, 1028), e, para o público em geral, a partir desta quarta até 16 de novembro. O evento tem a curadoria do cineasta e jornalista Carlos Gerbase e a consultoria da professora Regina Zilberman. Gerbase foi convidado para organizar a mostra pela viúva do escritor, Judith Scliar, há dois anos. Ele lembra que o pedido foi que a exposição fosse “quente e carinhosa”, captando a face pública do ex-marido, como escritor e médico, e também a sua vida entre familiares e amigos. Casada com Scliar por 45 anos, Judith destaca que a retrospectiva é uma oportunidade de compartilhar a intimidade de Scliar com seus admiradores. Dividida em ambientes, o público é convidado a atravessar o oceano, como fez o pai de Scliar, de origem russa, para desembarcar em Porto Alegre, especificamente no Bom Fim, nos anos 20, bairro onde o escritor cresceu. Réplicas de objetos da casa da infância, as primeiras leituras, os manuscritos e a antiga máquina de escrever ganham contraponto com vídeos, áudios e tablets com trechos de textos. Há ainda espaço para um jogo interativo de perguntas sobre a trajetória do homenageado. Fonte: Correio do Povo
Os mundos de Scliar

Maria Eugenia Bofill Da origem na Rússia à imigração para o bairro Bom Fim em Porto Alegre. Da formação em Medicina ao universo literário e jornalístico. Moacyr Scliar – O centauro do Bom Fim atravessa os mundos de um dos maiores destaques da literatura brasileira, órfã de suas obras desde janeiro de 2011. A vida e obra do escritor gaúcho serão expostas no Santander Cultural, a partir de amanhã até 16 de novembro. A exposição, que começou a ser pensada ainda em 2011, é idealizada por Judith Scliar, viúva do médico e escritor, em conjunto com seu irmão, Gabriel Oliven. “Gostaríamos de homenagear o Moacyr de forma que contemplasse as áreas mais importantes e mais presentes na vida e nas obras dele – a Medicina, a literatura, o Bom Fim e o judaísmo. Tudo o que acontecia em sua vida era refletido em suas obras e estará presente na exposição”, ressalta Judith. Com curadoria assinada pelo cineasta Carlos Gerbase e consultoria de Regina Zilberman, a mostra é apresentada em um túnel do tempo, que se inicia na Rússia, país de origem de seus pais, e termina no Bom Fim, mais especificamente na casa onde Scliar viveu sua infância e juventude, na rua Fernandes Vieira. Pela primeira vez fazendo a curadoria de uma exposição, Gerbase conta que leu uma autobiografia do escritor misturada com seus textos. “Ali ele mesmo me contou quais foram os momentos fundamentais da sua vida e o que era essencial estar nesta mostra.” Entre fotos, manuscritos, projeções audiovisuais e objetos pessoais, a exposição apresenta, de uma forma mais ampla, a vida de Scliar. “Buscar as fotos, vídeos e documentos é sempre um processo muito doloroso, é passar a limpo toda uma vida, mas era necessário”, ressalta Judith. Alguns dos principais personagens dos livros são interpretados por atores em totens digitais, além da exposição dos manuscritos originais das obras A guerra do Bom Fim, O exército de um homem só, Os deuses de Raquel, Cenas da vida minúscula e O centauro no jardim. Há dois ambientes, em que os visitantes podem optar por ler Scliar em livros ou tablets. Em uma sala de projeção, será exibido um documentário baseado na obra do escritor, e no espaço destinado à Medicina, é transmitido o discurso de sua formatura. “O nosso grande objetivo é informar e emocionar, mostrando para as pessoas o quão grande ele foi”, salienta o cineasta e curador. Moacyr Scliar foi o sétimo ocupante da Cadeira nº 31 da Academia Brasileira de Letras, venceu três prêmios Jabuti e um prêmioCasa de Las Americas. Suas obras foram adaptadas para o cinema, teatro, televisão e rádio, inclusive no exterior. “Em primeiro lugar, Moacyr veria essa homenagem com espanto. Questionaria: tudo isso é para mim? Mas a gratificação por todo esse carinho seria imensa, ele ficaria muito feliz.”, afirma Judith. Em sintonia com os eventos abordados na exposição, serão realizadas diversas atividades paralelas, como oficinas seminários, palestras, apresentações de teatro, dança, música e mostras de cinema. A visitação para Moacyr Scliar – O centauro do Bom Fimacontece de terça-feira a sábado, das 10h às 19h, e domingos e feriados, das 13h às 19h. A entrada é franca. Fonte: Jornal do Comércio
Mostra faz homenagem a Moacyr Scliar

A exposição “O Centauro do Bom Fim” fica aberta por dois meses no Santader Cultural, em Porto Alegre, RS. Assista ao vídeo do Bom Dia Rio Grande em: http://globotv.globo.com/rbs-rs/bom-dia-rio-grande/v/mostra-faz-homenagem-a-moacyr-scliar/3632364/
Obra de Moacyr Scliar conjugou quantidade com qualidade

por Regina Zilberman* Autor caracterizou sua atuação por disciplina, rigor e criatividade, deixando como legado oito dezenas de livros e uma infinidade de artigos * Professora do Instituto de Letras da UFRGS Moacyr Scliar parecia ser um homem incansável, haja vista sua fenomenal e contínua produção literária, partilhada com o exercício da medicina e do magistério. Construiu, assim, uma obra em que se identificam pelo menos 20 narrativas longas, entre romances e novelas, e cerca de oito coletâneas de contos, a que se acrescentam livros de crônica, histórias para crianças e jovens, e ensaios. Ele só não praticou a poesia, já que um romance seu, A Mulher que Escreveu a Bíblia, pôde ser apresentado como peça de teatro. Tal fecundidade não excluiu a qualidade, pois Scliar foi daqueles autores em que, a exemplo de Machado de Assis, a quantidade não prejudicava seu valor. Ele escreveu muito, e sempre escreveu bem, em parte em razão de seu talento, em parte em razão de seu enorme respeito pelo leitor. Foi com o romance e o conto que Scliar ocupou seu lugar na literatura brasileira. Nos primeiros livros dedicou-se ao conto, sendo o lançamento de O Carnaval dos Animais, em 1968, um marco em sua trajetória. Quatro anos depois, com A Guerra no Bom Fim, inaugurou o percurso de romancista, que se acelerou durante os anos 1970, pois, em menos de 10 anos, produziu seis outras narrativas longas. A partir daí, o ritmo abrandou, até porque o investimento em obras como A Estranha Nação de Rafael Mendes, de 1983, e Cenas da Vida Minúscula, de 1991, tomou muito de seu tempo, consumido com pesquisa, reflexões e reescritas. A essas alturas, Scliar já tinha lançado O Centauro no Jardim (1980), ponto de chegada de sua interpretação, de um lado, do processo de transplante da cultura judaica para o Brasil, de outro, da formação nacional, calcada no hibridismo étnico e na aspiração à ascensão social. Por isso, o escritor percebeu que era o momento de se reinventar, o que o levou a mergulhar na história – A Estranha Nação de Rafael Mendes – e na mitologia hebraica – Cenas da Vida Minúscula, um de seus melhores romances, em que combina personagens bíblicos, fantasia e sociedade brasileira de modo criativo e atraente, evidenciando, assim, que ser pós-moderno não significa fechar-se no hermetismo ou ignorar o gosto do público. Mais uma vez talento e respeito pelo leitor amalgaram-se para dar vida a personagens notáveis da literatura brasileira. Aos poucos, porém, Scliar abandona o conto. Após o premiado A Orelha de Van Gogh (1989), lança apenas o minimalista O Amante da Madonna (1997). Em entrevista ao periódico eletrônico WebMosaica (seer.ufrgs.br/webmosaica), explica a razão dessa mudança do rumo: “Em parte, porque segui a trajetória comum a muitos escritores, pelo menos no Brasil: começamos pelo conto, depois vamos para a ficção mais longa. Existe aí um componente de maturidade emocional.” Pode-se acrescentar a essa declaração: Scliar ainda tinha muito para dizer, em termos de romance. Com Sonhos Tropicais (1992), transporta para a ficção sua admiração por Oswaldo Cruz, e com A Majestade do Xingu (1997), a obsessão por Noel Nutels, o médico de origem judaica que se entranhou na Amazônia atuando junto ao Serviço de Proteção ao Índio (hoje Funai), dando conta mais uma vez das mesclas multiculturais que compõem a nação brasileira. Para muitos estudiosos de sua obra, A Majestade do Xingu é o melhor romance de Scliar, escolha questionável, porque o escritor não tinha esgotado suas potencialidades criativas. Assim, outra volta no parafuso leva-o a retornar, não, porém, de modo idêntico, a temas da tradição judaica, associados ou não à vida nacional. A Mulher que Escreveu a Bíblia abre o novo ciclo, reiterando personagens de livros anteriores, como o rei Salomão, apresentado, porém, desde a perspectiva da figura feminina que teria redigido o livro sagrado dos judeus e agora redige o romance que lemos. Scliar coloca-se na perspectiva da mulher e, através dela, compartilha a fundação da tradição hebraica escrita e religiosa. Mas não se satisfaz com isso: em Os Vendilhões do Templo, outro de seus romances de leitura imprescindível, examina o passado judaico-cristão desde o foco dos amaldiçoados: o comerciante que o Nazareno expulsa do templo – um espaço sagrado – de Jerusalém; e o judeu errante, símbolo da diáspora a que o povo de Israel foi condenado por muitos séculos. Na entrevista citada, Scliar comenta que a redação de Os Vendilhões do Templotomou dezesseis anos, “desde a ideia inicial até a conclusão: reescrevi muitas vezes.” Valeu a pena, diremos nós. Porque a quantidade não exclui a qualidade, mas essa é alcançada graças à dedicação do escritor a seu ofício, a maturidade e consciência de seus limites, como ele confessa: “períodos de rapidez se alternam com outros de muita lentidão, resultante de dúvidas que vão desde a questão do foco narrativo até a incerteza quanto à validade do projeto (não foram poucos os que abandonei).” Eis um testemunho e um legado inestimáveis para a literatura e seus aficionados – escritores, leitores e críticos.
Curador detalha os bastidores de exposição para homenagear Moacyr Scliar

por Carlos Gerbase* Mostra será aberta oficialmente na terça-feira, dia 16, no Santander Cultural, e relembra o autor e sua obra * Cineasta, escritor e professor titular da PUCRS Tive a honra de ser escolhido como curador da mostra Moacyr Scliar, o Centauro do Bom Fim, que será inaugurada no próximo dia 16 de setembro, no Santander Cultural. Conheci o autor – de quem já lera O Exército de um Homem Só e Os Deuses de Raquel – em dezembro de 1981, durante as filmagens do curta No Amor, dirigido por Nelson Nadotti, que adaptou um conto de Scliar chamado O Mistério dos Hippies Desaparecidos. Além de ser um dos produtores, eu atuava no filme como assistente de câmera e fotógrafo de cena. Moacyr foi visitar o set com o filho Beto no colo. Na rua da Ladeira, centro do Porto Alegre, fiz um retrato dos dois. Talvez esse retrato tenha ficado na memória de Judith Scliar, levando-a, mais de 30 anos depois, a me chamar para o desafio de homenagear o escritor talentoso, o médico preocupado com as questões sociais, o cronista incansável e, acima de tudo, o homem afável e bem-humorado que nunca deixou de ser o “Mico”, ou, como disse em seu discurso ao se tornar um imortal da Academia Brasileira de Letras, “o escritorzinho do Bom Fim”. Com a ajuda das professoras Regina Zilberman e Marie Hélène Passos, do jornalista Gabriel Oliven, da cineasta Cláudia Dreyer, da produtora Luciana Tomasi, da própria Judith e de uma equipe experiente em exposições, tentei resgatar os aspectos mais significativos de uma vida que, se fosse considerada apenas em seus aspectos literários, já seria extraordinária. A obra de Scliar fala por si. Traduzido para mais de 10 idiomas, constantemente reeditado, com fãs de 10 a noventa anos, o “Mico” tinha um apetite desmedido pela escrita. Num pequeno bloco de notas, uma das joias que estarão no setor de manuscritos da mostra, ele sentenciou: “Escritor escreve”. E, para que não restasse dúvidas sobre o significado da frase em português, embaixo ele a verteu para o hebraico. Moacyr Scliar estava sempre escrevendo. Vamos mostrar suas anotações em guardanapos de bar, em notas fiscais, no verso de folhas da Secretaria da Saúde e em bloquinhos de propaganda de remédio. Ele não tinha problemas com inspiração. Se tinha uma ideia durante o banho, saía pelado para anotá-la, mesmo sob o rigoroso inverno gaúcho. Em sua obra autobiográfica O Texto, ou: A Vida, que foi de extrema valia para o roteiro básico da exposição, separando o essencial do acessório, Scliar atribui sua voracidade pela escrita a duas circunstâncias de sua infância. Seus pais, José e Sara, eram grandes contadores de histórias e dramatizavam suas narrativas para os vizinhos da rua Fernandes Vieira com gestos vigorosos de mãos e braços. Scliar gostava da piada que pergunta por que judeus nunca se afogam. E respondia: “Mesmo quando não sabem nadar, eles começam a contar histórias. E todos se salvam.” A segunda circunstância é muito comum na origem dos escritores: o contato cotidiano com os livros ainda na infância. Dona Sara, professora primária, fazia constantes visitas à Livraria do Globo e de lá, apesar do orçamento sempre apertado da família, trazia muitos livros para casa. Não foi fácil encontrar algumas dessas obras em edições dos anos 1940 e 1950 para colocá-las na exposição. Mas, em sua maioria, estarão lá: Cazuza, de Viriato Corrêa, As Aventuras de Tibicuera, de Érico Veríssimo, História de um Quebra-nozes, de Alexandre Dumas, As Aventuras de Pinóquio, de Carlo Collodi, e Rute e Alberto Resolveram ser Turistas, de Cecília Meireles (desta só consegui a capa; está esgotada e virou item de colecionador). As referências mais importantes das primeiras leituras de Scliar, contudo, são de duas coleções que também foram importantes para mim. Scliar é de 1937, e eu sou de 1959, mas esses 22 anos não foram suficientes para diminuir o poder de encantamento do Tesouro da Juventude e da obra infanto-juvenil de Monteiro Lobato. O Tesouro tinha uma grande variedade de assuntos, com excelentes ilustrações. Lobato tinha uma imaginação prodigiosa, fazendo do Sítio do Picapau Amarelo o lugar dos sonhos de todos os seus leitores. Não sei como foi a primeira vez de Scliar, mas a minha foi com Os Doze Trabalhos de Hércules, numa tarde em que a chuva cancelou o joguinho de futebol no pátio e minha mãe, dona Léa, disse que talvez eu gostasse de ler umas histórias sobre um lugar chamado Grécia. Faço meus passeios imaginários pela Grécia até hoje. Algumas pessoas talvez pensem que um escritor prolífico, quase caudaloso, como Moacyr Scliar, não tem muita autocrítica. No caso de Scliar, isso não é verdade. Em minhas andanças pelos sebos de Porto Alegre, motivadas pela exposição, perguntei para o Guilherme Dullius, do Beco dos Livros da Rua da Ladeira (localizado quase no mesmo lugar em que filmamos No Amor), se ele tinha algum exemplar de Histórias de um Médico em Formação, a primeira obra publicada por Scliar. Ele tinha, mas não estava à venda. E então me contou que, certo dia, Scliar entrou no sebo depois de ver sua estreia na literatura exibida na vitrine. Ele comprou o livro e, ali mesmo, o rasgou sem dó nem piedade. Desisti de exibir o livro na exposição. A autocrítica de um autor deve ser respeitada. Todos os outros livros de Moacyr Scliar, porém, sobreviveram ao passar dos anos. São dezenas de romances, coletâneas de contos, ensaios, crônicas, literatura infanto-juvenil, obras médicas e, não duvido, muita coisa que ainda está inédita e falta publicar. O jovem leitor de Monteiro Lobato virou um escritor que escreveu sem parar até sua morte, em 2011. A exposição no Santander Cultural é uma pequena homenagem à vida de um grande contador de histórias. MOACYR SCLIAR: O CENTAURO DO BOM FIM Com curadoria de Carlos Gerbase, a mostra será aberta, em solenidade para convidados, na terça-feira, dia 16, às 19h. A exposição tem entrada franca e estará aberta à visitação de 17 de setembro a 16 de novembro, no Santander Cultural (Rua Sete de Setembro, 1028), de terça a sábado, das 10h às 19h, e domingos
#PortoA – Cláudia Laitano fala sobre exposição ‘O centauro do Bom Fim’, que celebra vida e obra de Moacyr Scliar

Fonte: TVCOM Vídeos
Scliar é cultura

Por Jorge Antonio Barros A primeira mostra retrospectiva sobre o escritor Moacyr Scliar (1937-2011), que será inaugurada dia 17 agora em Porto Alegre, chegará ao Rio no ano que vem. A exposição… Repleta de recursos interativos, fotos, vídeos e réplicas de objetos pessoais, “Moacyr Scliar — o Centauro do Bom Fim” custou cerca de R$ 1,5 milhão. Como se sabe, Scliar deixou mais de 80 livros publicados e venceu três vezes o Prêmio Jabuti. Fonte: Ancelmo.com